terça-feira, 23 de julho de 2013

A geração dos críticos de cinema e dos batoteiros

Já é tradição. Sempre que sai um filme ou uma série, há sempre uma crítica e seguem-se centenas de "críticos anónimos" (que regra geral, percebem tanto de cinema como eu de chinês) a fazer críticas ao filme.
Até surgir a internet, pensei que o hábito de criticar tudo e todos mesmo sem fazer ideia do que se diz fosse um hábito tipicamente português.
Depois de passar algum tempo a ver páginas no IMDB percebi que o hábito é mais geral.
Regra geral quando vejo um filme ou gosto, ou não gosto. Posso gostar muito ou pouco. Posso gostar de algumas partes, não gostar de outras... mas quem sou eu para, por exemplo, criticar os actores?
No máximo posso criticar a história ou a forma como foi contada. Mas, não fui eu que meti dinheiro na produção e realização do filme (no máximo paguei um bilhete ou um aluguer). Sou apenas um indivíduo que assistiu, tal como milhões por esse mundo fora.

Não estamos a discutir uma decisão política que directa ou indirectamente acabará a ter influência na minha vida. Estamos a falar de entretenimento.

Se querem criticar alguma coisa.. critiquem algo mais interactivo, tipo um jogo de computador. E de preferência que tenham chegado ao fim (se é que hoje em dia essa coisa existe) sem fazer batota!

Eu não sou fã das batotas em jogos. Sejam eles um jogo cheio do que a nossa civilização tem de pior (?), como os GTA ou jogos onde se tem de atingir objectivos irrealistas como seja coleccionar cerca de meio milhar de Pokémons espalhados por meia dúzia de jogos.

No caso dos jogos, eu tenho algumas opiniões divididas... Pode-se aprender muito ao investigar um jogo, e sobre alguns assuntos, até muito mais do que se aprenderia num curso de engenharia informática (sobre outros... é melhor ir lá tirar o curso).
Só que o que muita gente faz é simplesmente usar um "cheat-code" que foi passado por um amigo ou  leu algures numa revista ou na internet, e com isso não se aprende nada.
Pode-se alegar que não é a sério, que é apenas um jogo onde até os valores morais são diferentes dos que as pessoas têm na vida real.
O jogo foi feito para ser jogado sem esses truques... Será o jogador incapaz de passar o jogo sem fazer batota?
E se sim, na vida real, será alguém que também habituado a esses facilitismos? Ou seja, a fazer batota, a aldrabar ou ver as coisas a cair do céu?
"Não, é só um jogo..." responderão.

Ao menos quando ligo a minha PS2 e jogo um Gran-Turismo 3 ou 4 e vejo todos aqueles carros na minha garagem posso dizer "não fiz batota"!

Que legitimidade tem uma pessoa para criticar um jogo onde teve de fazer batota para cumprir os objectivos?
Que legitimidade têm estes críticos anónimos para falar de um filme ou de uma série? Não passam de "treinadores de bancada".
A esses dou uma sugestão: façam como eu, ou seja, arranjem um blog!

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