quarta-feira, 27 de abril de 2016

Liberdade?


Em Portugal, uma das conquistas do 25 de Abril de 1974 foi a liberdade de expressão.
No meu caso, é a razão porque posso estar aqui à frente do computador e a escrever o que me apetece.
Bem... Não é bem assim. Há quem não goste do que escrevo, e tente "silenciar-me".
Nomeadamente quando falo de algumas das minhas infelicidades académicas.
Por exemplo, o professor que uma vez me deu uma nota sem me ter sujeito a uma avaliação nunca foi responsabilizado por isso.
Esta já me valeu algumas acusações bem feias...  E chegaram a mandar-me calar-me.
Estão a ver-me calado...
Naturalmente há casos bem piores e na verdade eu passei por alguns que denunciei aqui e vou voltar a falar. E não me calarei enquanto este tipo de vergonhas continuar a se passar.

Tomei a liberdade de cortar relações com quem tentou me silenciar.
Ninguém é obrigado a passar por aqui ou a ler o que escrevo.

Este é o meu cantinho na Internet.
Desde que respeite as condições sob as quais este espaço me foi cedido, posso escrever o que me apetecer.
Mas quem está à espera que eu esqueça as decisões que fui obrigado a tomar porque algo cheira muito mal no mundo académico, por mim, pode ir para o raio que o parta.

Os meus "demónios" são públicos e não são tabu. Vivo em liberdade!

segunda-feira, 11 de abril de 2016

Espelhos, precisam-se!

Ontem foi daqueles dias em que cheguei ao facebook e vi, como diziam alguns ex-colegas meus:
"Prostitutas fingindo-se de virgens ofendidas"...
Por uma questão de bom senso (aquele que faltou para escrever a expressão anterior), não vou identificar as situações (é que foram mesmo muitas e justificam o meu comentário).
Hipócritas e falsos moralistas são o que não falta por ali. Ninguém é perfeito, todos somos humanos, mas por vezes...
Enfim, tenham uma boa semana de trabalho.

domingo, 10 de abril de 2016

sábado, 9 de abril de 2016

E o cérebro? Não é para usar?

Com a entrada em vigor dos novos programas de Matemática A no ensino secundário, vários professores limitaram ou proibiram mesmo o uso de calculadoras, embora não seja isso o pretendido.

No entanto, isso trouxe algumas agradáveis surpresas...
Estes "novos" alunos têm capacidades que os anteriores não tinham.
A amostra de 10º ano que me chegou a explicações, deve ser a melhor dos últimos 20 anos!
São alunos que usam mais a cabeça do que a calculadora, mas não têm problemas em recorrer a ela como ferramenta de apoio à aprendizagem...
Circula por aí a filosofia "Se a tecnologia está disponível, porque não a usar?", a que tenho de contrapor com um:
"Se tens um cérebro porque vais desperdiçá-lo?"
Na verdade o uso moderado de tecnologias não é mau. Mas o excesso de tecnologia tem efeitos nefastos...
No caso da Matemática, se é verdade que a tecnologia pode ajudar a compreender melhor ideias e conceitos, a pergunta que se deve fazer é se é mesmo indispensável.
Antes de virem falar de bichos papões, é bom usar a cabeça....
Preferimos ter gerações de alunos com "bons alunos" a Matemática, mas que na verdade são pessoas dependentes de tecnologia, ou pessoas com conhecimentos e que mesmo sem tecnologia, conseguem resolver problemas?
Numa sociedade cada vez mais capitalista a tendência é apostar nas tecnologias...
Já disse várias vezes que considero reprovável haver screenshots de modelos específicos de calculadoras em livros escolares que têm de ser pagos pelos alunos ou pelos seus encarregados de educação.
É publicidade ... paga pelo consumidor!
Outra coisa que me incomoda são alguns formulários...
Alguma vez a memorização de fórmulas foi má para o cérebro?
Perdemos muita coisa nos últimos anos. Nem tudo o que se perdeu é indispensável, mas nem tudo o que se perdeu é mau.
É muito arrogante pensar que somos donos da razão e impor aquilo que achamos ser melhor para as gerações futuras, tornando-as dependentes de meios que na verdade são dispensáveis ou que em breve estarão "ultrapassados"...
Por outro lado, a Matemática é suposto ser uma disciplina com trabalho regular, quer se tenha ou não facilidade para ela!
As filosofias "não é preciso saber fórmulas, consultam-se formulários", ou "Não é preciso saber fazer deduções, isso é só para matemáticos", na verdade só servem para criar pessoas com alguns problemas de raciocínio lógico, e a quem se consegue enganar, por exemplo, em períodos eleitorais.

Portanto, a verdadeira pergunta que cada um deve fazer hoje em dia é:
"Se existe um cérebro dentro de cada cabeça, porque não utilizá-lo?".
A que junto: Quais devem ser os limites do uso da tecnologia na formação e educação de um ser humano do século XXI?

sexta-feira, 8 de abril de 2016

terça-feira, 5 de abril de 2016

Entretanto em 2016, no dia do primeiro contacto... os meus problemas informáticos continuam


Como já referi em posts de anos anteriores, de acordo com o filme Star Trek: First Contact, em 5 de Abril de 2063 vamos simultâneamente fazer o primeiro voo a velocidades Warp, e ter o primeiro contacto oficial com uma espécie inteligente extraterrestre: Os Vulcan.
Bem, entretanto, em 2016, vamos lendo notícias que preferíamos não saber que mostram uma (des)humanidade que me dá arrepios.
Portanto, vou falar do meu computador com 10 anos, o Scratchy.
O Scratchy esteve comigo em Lisboa, em Almada... na Nova, está cheio de riscos e arranhões (por isso ficou com o nome que tem), e neste momento corre Linux (Debian Jessie).
"Corre", é o termo adequado. É rápido, mesmo comparado com outros computadores mais recentes que já passaram aqui por casa.
Mas ontem, pregou-me uma partida...
Ao ligá-lo recebo uma mensagem de erro no disco rígido, e tenho de fazer um fsck (pode dizer-se que é o equivalente linux a um scandisk).
Assim que acabo de o fazer, o computador já liga e... hum??
Onde é que anda a minha pasta pessoal?
Desapareceu, com todo o seu conteúdo!
Ok, encontrei algumas coisas na pasta "lost+found"... mas deve ser mais seguro fazer um restauro a partir das minhas cópias de segurança, e se calhar ver que componentes do hardware têm de ser substituidas.
(Tendo em conta as mensagens iniciais .... provavelmente o disco)
Pelo sim pelo não, arranquei o computador com o CPKnoppix (é a minha versão modificada do Knoppix, um Linux "live" que arranca e corre a partir de uma pen), criei um ficheiro .img formatado para ext4, montei-o e copiei todo o conteúdo da pasta lost+found para lá. Assim que houver tempo vejo se é possível recuperar algumas coisas recentes que não foram guardadas em backups, nomeadamente scripts, fichas de trabalho para explicações, programas para calculadoras, e um potencial modelo de página com software para calculadoras para alojar neste blog e no blog CPmathExplicações.

Quanto ao CPKnoppix, não é algo que eu vá distribuir, embora esteja em Português (sim, Knoppix em Português), contenha imensa coisa útil como por exemplo algumas criações minhas,0 o WabbitEmu com as ROMs das minhas (defuntas) calculadoras TEXAS INSTRUMENTS e a versão mais recente do Geogebra . Distribuir as minhas ROMs seria pirataria, e não me apetece arranjar problemas.
Para poder teria de rever licenças e o software a mais que a minha versão tem em relação à do Knoppix.
 Portanto, para já, está fora dos meus objectivos...

Por hoje, despeço-me com um "feliz dia do primeiro contacto", e até à próxima.


PS:

domingo, 3 de abril de 2016

Um dia, Batman e Superman foram ao cinema

Vamos lá falar de um assunto polémico. Na semana passada fui ao cinema!
Vi o "Batman v Superman" e gostei do filme.
Tudo o resto são histórias!
Portanto, não me venham com tretas sobre o que dizem os críticos.
O objectivo de um filme é entreter o público, e este cumpriu-o muito satisfatoriamente.
Mas se querem comparações, preferi o "Batman v Superman" ao segundo Avengers!
Há um ou outro detalhe que eu não teria feito assim, mas o filme não estava a meu cargo, nem fui consultado para o assunto.
Parabéns à equipa, e que venham muitos mais de qualidade igual ou superior!
Aviso: no resto do texto posso ter alguns spoilers, mas são spoilers "aceitáveis" que não revelam 'grande coisa' sobre o enredo do filme


Eu conheço relativamente bem o Universo DC (melhor que o universo Marvel) e posso dizer que o filme não me decepcionou em nada, estava dentro do que eu esperava, depois de ter visto o (igualmente polémico) Man of steel.

Eu penso que filmes baseados em universos da Banda desenhada vão ter sempre vozes pouco simpáticas contra eles, uns mais do que outros.
Por outro lado, "crítico de cinema" é daquelas profissões que eu deixei de levar a sério depois de ter visto o filme Alexander, de Oliver Stone, ou mesmo o "Superman returns"
Os filmes "Superman" e Superman II" com o actor Cristopher Reeve são bons filmes, excelentes para a época em que foram lançados, mas tinham uma distancia significativa (talvez necessária) dos universos da banda desenhada.
Vamos esquecer os Superman III e IV, já vi episódios de desenhos animados muito melhores...
Superman returns, está longe de ser um mau filme, mas mantém-se algo afastado dos Supermans que conheço da BD.
Finalmente aparece-nos o Man of Steel, num universo mais próximo das versões da BD (sim, versões... a BD tem muitas versões de vários personagens).

Gotham assim tão perto de Metrópolis, é algo que me faz alguma impressão... sempre vi o Bruce Wayne a ter de apanhar um avião para lá ir.
Ou, igualmente a dupla Clark Kent/Lois Lane a ter de apanhar um avião para fazer uma reportagem em Gotham. Mas as cidades de Gotham e Metrópolis do universo DC não são cidades do universo em que vivemos, portanto tudo o que um realizador ou um argumentista lhes quiser fazer é admissível.

Veredicto: Vão lá ver o filme porque vale a pena, e ignorem as opiniões de gente que é paga para ter opiniões...

sábado, 2 de abril de 2016

Ossos do ofício (II)

Ontem foi 1 de Abril. Para evitar confusões, optei por não escrever por estes lados.
Por estes dias, tenho andado a resolver centenas de exercícios (de Matemática, Estatística e Física) dos vários graus de ensino e a juntar aos meus arquivos.
Alguns têm várias resoluções (correctas) e outros, algumas iterações até chegar à resolução correcta.
Nos últimos, por vezes,por distração escapa-me algo do enunciado, ou, por questões de português, assumo qualquer coisa que não é o que se pretende.
Estes acabaram por se revelar mais didácticos para mim.
Por vezes tenho mesmo de assumir situações irrealistas do ponto de vista físico, mas que satisfazem as condições do problema...
Por exemplo, há tempos, num café, enquanto tomava a minha dose de cafeína para começar a trabalhar, alguém colocou no facebook um problema que envolvia uma viagem a pé e outra de carro onde tudo estava sincronizado e não havia problemas. Neste tipo de problemas ainda é mais habitual assumir que as velocidades são constantes e iguais à velocidade média.
Fiz um pequeno esquema e cheguei à solução 10 minutos.
Não voltei a pensar no assunto e fui trabalhar.
No fim do dia, após mais de 10 horas de trabalho, ao arrumar as coisas, olhei para o esquema e percebi dois disparates (um deles pouco óbvio)... corrigindo-os, a solução quadriplicou...
(Há dias assim)
Noutro dia andava às voltas com um exercício tirado de uma tradução de um livro.
Bem... ao fim de algum tempo desisti, e vim à internet, ao google books ver se havia hipótese de consultar o livro original.
Ok... havia um erro (sério) na tradução do exercício. Erro que impossibilitava a sua resolução (GRRRR!).
Finalmente... há poucas semanas, ao fim do dia, estava a resolver uma ficha de exercícios de 11o ano, do professor José Carlos Pereira, e não percebia porque é que a minha solução não batia com a das soluções (que deviam estar correctas pois a minha versão da ficha já tinha mais de um ano). Acabei por contactá-lo, e percebi o meu estúpido disparate: tinha me enganado num domínio de uma função composta, depois de ter passado uma tarde inteira a dar explicações sobre... domínios de funções, e vamos ignorar que já ando nisto há 20 anos...
(Há mesmo dias assim... pode-se sempre culpar o cansaço, só que nada apaga o sentimento de ridículo, mas ao menos faz-me consegui perceber alguns dos disparates que vemos em testes e exames).
Bom, é Sábado, mas... lá vou eu para mais um dia de trabalho.


Este blog recusa-se a utilizar o Acordo Ortográfico de 1990