terça-feira, 24 de maio de 2016

Primeiros passos em lua. Últimos passos vivo?!

Eu não tenho carta de condução. Por muito boas razões. No entanto, há quem não tenha as minhas boas razões e esteja-se nas tintas para os outros! Ontem à tarde, ao atravessar a rua Fernão Ornelas, junto à rua do visconde Anadia, eu ia sendo atropelado por um anormal automóvel que descia a rua "sempre a abrir"... com o semáforo vermelho para ele, verde para os peões, e carros a passar na rua do visconde de Anadia! Eu saltei para o outro lado da estrada. Olhei para o semáforo para peões que continuava verde. O tipo travou de repente em cima da passadeira com vários carros a apitar e a travar nas ruas do Anadia e Fernão Ornelas. Não percebi o anormal. Estavam vários carros parados no vermelho. A cor não se aplica a ele?
Ali não há como não ver o vermelho, o os peões a atravessar a estrada, ou os automóveis a descer o Anadia. Áquela velocidade, se eu fosse atingido seria projectado alguns metros (confiem em mim, sou matemático), e certamente, o '
post anterior seria a minha última carlospaulice...
Os primeiros passos em lua, seriam... os últimos.
E ali na zona não é o primeiro caso!

Na estrada, todo o cuidado é pouco, mas a este #$#%$#@#$% em particular, eu gostaria que tirassem a carta, por motivos de segurança pública!

domingo, 22 de maio de 2016

Primeiros passos em Lua


Comecei a dar os primeiros passos em Lua.
Vai dar-me jeito para a TI-nSpire CX Cas e para a Casio fx CG20 (esta última com um "plugin" não oficial)...

Sim, instalei Lua no CPKnoppix.



segunda-feira, 16 de maio de 2016

Cansado...

Em explicações, por cá, este é dos meses do ano com mais trabalho, nem sempre motivante.
Isso faz com que eu não seja um blogger muito regular. Por outro lado, publicar um texto apenas por publicar (como este) não é uma coisa que eu goste de fazer.
Não nasci para "encher chouriços".
Portanto vamos lá tornar este texto mais interessante.
Uma das belas chatices de ser explicador é que nos contactos com as editoras não temos acesso ao mesmo tipo de material que os nossos colegas que dão aulas numa escola.
No meu caso eu nem peço muito: só quero ter acesso aos manuais que tenho em papel, em formato digital, sem ter de ser eu a digitalizá-lo (sim... eu digitalizei alguns manuais e tenho-os no meu tablet e no meu telemóvel... são mais leves).
Naturalmente automatizei o processo e escrevi alguns scripts e mesmo programas para acelerar o processo...
Por outro lado,... verdade seja dita, quando decidi tirar Matemática, dar aulas ou mesmo explicações era a última coisas que eu tinha em mente. Mas a vida dá muitas voltas, e eu preciso de fazer um bom trabalho se quero sobreviver.
Mas, estou cansado, e não é só físicamente...
Bom.
Vou para ali distrair-me. Tenho programas para calculadoras para despachar, listas de exercícios para resolver, e ainda tenho de me lembrar que é suposto eu entregar uma declaração de IRS....
Alguém se chateia se eu voltar para a cama?

sexta-feira, 13 de maio de 2016

Obrigado professor Apostol

Há 18 anos estive hospitalizado por um mês, isolado e (quase) sem visitas.
Para passar o tempo, pedi à minha mãe que me fizesse chegar os dois Calculus de Tom M. Apostol... e algumas das minha revistas de banda desenhada.
Os livros estavam na bibliografia de duas cadeiras que tinha feito no ano anterior: Análise III e Análise IV.
O professor tinha sido excelente, eu tinha feito as cadeiras com boa nota (tive a mesma nota em ambas...).
E lembrei-me que tinha gostado tanto dos livros que tinha de arranjar tempo para os ler.
Estar hospitalizado, pelo que se previa ser muito tempo, pareceu-me a altura ideal.
Gostei da clareza da apresentação.
E sim, consegui ler e muito bem aquelas "bíblias".
Achei um pouco arrogante quando no ano seguinte um professor (aquele que me deu uma nota sem fazer avaliações) insultou esses e mais meia dúzia de clássicos (eu sei que apetece, mas não vamos comentar isto, está bem?).
Na verdade, os livros de Tom Apostol foram dos mais didácticos que li até à altura e só por isso este senhor merece o meu respeito.
Ainda hoje em dia uso-os em explicações, essencialmente pelos exercícios.
 Mais tarde, já depois da licenciatura estive em contacto com outro livro de Tom Apostol, o "Mathematical Analysis", igualmente bom, mas talvez menos popular por ser um livro de Análise Matemática.

Hoje em dia, muitos dos livros que me passam pelas mãos (e por vezes estão na bibliografia dos meus explicandos) não têm essa característica de serem livros didácticos... Alguns são essencialmente livros "para quem já sabe".

Tom Apostol fez outras coisas para além destes 3 livros. Podem consultar a página na Wikipédia, ou a sua página pessoal no California Institute of Technology

Faleceu no passado dia 8 de Maio.
Os meus pêsames aos familiares e amigos deste grande homem e matemático.

quinta-feira, 12 de maio de 2016

Dentes e nozes... Matemático e explicador.

Penso que por aqui nunca falei dos meus gostos musicais. Graças ao personagem Vic Fontaine, da série Star Trek - Deep Space Nine, fiquei fã de Frank Sinatra.
Em Lisboa, a meio de um dos meus mestrados (que não concluí), levado pelos meus colegas, cheguei a assistir a uma peça de teatro sobe a vida dele.
A letra de "My way", por vezes faz-me pensar no percurso da minha vida e nas decisões que tive de tomar.
A ironia é que vejo pessoas que tiraram um curso de Matemática a fazer coisas mais interessantes do que as que eu faço... Pessoas que na verdade nunca pensaram sequer em seguir Matemática.
Eu sempre soube o que queria fazer.... Do 5º ao 9º sempre tive nota máxima... do 10º ao 12º andei entre os 19s e 20s.
Sem grande esforço.... era algo de que eu gostava.
No superior, acabei por ter alguns problemas sérios (e crónicos) de saúde, mas não me saí mal...

Ter acabado como explicador está bem longe do que eu alguma vez quiz, ou sonhei.
Ver pessoas que acabaram em Matemática como segunda opção, algumas que me complicaram a vida de forma bem "suja", obrigaram-me a engolir sapos com a sua incompetencia...enfim...  fazem-me pensar na aparente paz da vida de explicador.

Explicador... :|
Eu...

Penso nas pessoas sem dentes a quem são dadas nozes.
É Deus quem as dá? Raio de sentido de humor que um ser alegadamente perfeito tem...

"Do you want to tell God a joke? Tell Him your plans"

segunda-feira, 2 de maio de 2016

Isto é Matemática - T09E04 - Crescimento Factorial



PS: Deve ter sido o agradecimento em que menos fiz... :)

Redescobrindo as propriedades da roda...

Hoje, vou pedir aos meus caros leitores que façam uma pesquisa pelo nome Tamar Barabi.
Se estiverem a sentir-se preguiçosos eu faço por vocês. Cliquem aqui.
Vamos ignorar que o Google prefere chamar-lhe Tamar Barbie.
A história conta-se em poucas linhas.
A rapariga, de 16 anos, resolveu um trabalho de casa usando um teorema que, segundo o professor dela, não existia. Se tal teorema existisse iniciaria uma nova teoria em Matemática.
A rapariga foi para casa, e com o auxílio do pai, também professor de Matemática, demonstrou o tal teorema.
Alegadamente mandaram o teorema para vários especialistas em torno do globo... e pronto. Nasceu uma lenda.

(Podem ver um exemplo de uma dessas notícias aqui )



Bem... Não sei a que especialistas mandou ela o teorema, visto que o teorema já é conhecido há pelo menos dois milhares de anos, e consta nada mais, nada menos que nos Elementos de Euclides.
Mais precisamente, Livro 3, proposição 9. (Começa no fim da página 79 deste pdf , ou se preferirem, aqui, nesta página ).

Bem... Não digo que a Tamar e o pai não tenham conseguido redemonstrar o teorema, (aliás, mal li a notícia, eu próprio consegui demonstrar... é um bom exercício que se resolve com Matemática de 3º ciclo...)
O que me preocupa é acharem que foi feito algo de novo!
Na verdade, andando a brincar com programas de Matemática, é natural que em certas partes do globo se "perca" conhecimento, mas isto é grave!
E feio para os matemáticos que classificaram como "inovador"!
Esperemos que isto seja apenas um exemplo de mau jornalismo, porque se não, quando ouço certos individuos dizer que Portugal ainda não deu o salto do século XX para o século XXI em matérias de educação, eu penso que não é Portugal que vai no mau caminho. Pode não ter as melhores decisões, mas certamente, não tem as piores!

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