segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

(Não) Estranhas decisões...


Estando eu a dar explicações há quem esteja à espera que eu aceite todo o tipo de situações.
Não é nem pode ser assim.
Há horários a cumprir, programas a pesquisar e a respeitar, e todo um trabalho feito "por fora" que não pode ser ignorado.
Se no ensino secundário todos seguem o mesmo programa, alterando,por vezes, apenas a sequência dos assuntos, no ensino superior não é bem assim.
Mudando de instituição, de curso, e às vezes apenas de professor, mudam notações, programas, até definições e notações.
Em instituições onde o número de aprovações tem peso na avaliação dos professores ( conceito algo estúpido, mas que consegue combater certos excessos e manias de alguns...), vê-se algo bem vicioso: para não serem prejudicados, os professores abusam no facilitismo das provas.
Noutras onde tal não acontece, chegam-se a ver professores a exigirem a alunos de primeiro ano, conhecimentos que não constam dos programas do secundário dos últimos trinta anos.
Em alguns casos nem dos últimos trezentos...
Eles que tenham paciência... pelo menos os alunos que entrarem em 2018 saídos dos 'novos' programas de Matemática têm alguns desses conhecimentos...(dos últimos 30... os que esperam coisas dos últimos 300, se calhar precisam de algum apoio psicológico...ou psiquiátrico)
Tendo em conta todos estes cenários e a quantidade de trabalho que cada cenário exige 'fora de aulas', não me é possível aceitar todos os casos.
Como tornei publico recentemente, casos de professores em que tenho conhecimentos de irregularidades, deixei de aceitar.
A razão é simples: eu próprio fui vítima de (várias) situações dessas e recuso-me a participar em potenciais novos cenários por vezes com as mesmas 'bestas', visto que o trabalho dificilmente compensa.
Se não conseguem compreender, ao menos respeitem a decisão e pensem na analogia
Uma mulher violada será obrigada a trabalhar directa ou indirectamente com o violador?
Será assim tão estranho compreender?
Repito: se é, ao menos respeitem... Dinheiro/negócio não é tudo na vida.

Na verdade, explicações é o tipo de negócio em que o que não falta é oferta, e portanto facilmente as pessoas encontram outro explicador.
(Ou seja... é tipo prostituição... e nós explicadores, somos os 'prostitutos'...pois um aluno pode sempre mudar de explicador quando lhe apetecer)

Mas como matemático... mau seria se apenas desse explicações...

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