terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Tenho de insistir...

Continuando a ler opiniões na internet, tenho de insistir: no que diz respeito a praxes, mandem as associações académicas passear.
Todos os anos há abusos.
Se querem integrar os caloiros, o que até acho muito bem, pensem noutras formas que não envolvam rituais de praxe.
Vejo muito parvo a dizer "acabar com as praxes não é solução".
Não é solução exactamente porquê? Porque existe estatuto "anti-praxe"? Não me venham com essa porque quando querem, vocês conseguem ser muito sacanas com os "anti-praxe".
Acabem com essa estupidez de vez!
Por todo o país, há algumas recepções ao caloiro que merecem o meu aplauso, mas muitas (a grande maioria) só merece que eu me interrogue sobre o civismo, ou mesmo a própria humanidade de quem as pratica.

O conceito de DUX, para mim é estranho. Dar um título à pessoa com mais inscrições na instituição?
Isso só deve ser considerado "bom" quando se trata de uma pessoa que anda a fazer vários cursos e vai tendo aproveitamento em todas as cadeiras em que se inscreve. Agora alguém que, por exemplo, leve 15 anos para fazer um curso de 5... não deve ser incentivado, a menos que se passe algo de bem estranho e anormal (...)!
Um DUX que em 1.5 vezes a duração do curso não tenha feito grande parte do curso só por andar na borga não merece qualquer tipo de homenagem, nem ter qualquer palavra na forma como devem ser recebidos os caloiros, que vendo bem, são seres humanos.

A filosofia "eu fui praxado, portanto, tu também hás de ser" que reside no subconsciente de muita desta gente, tem de mudar, ou vamos continuar a ver abusos todos os anos.
A melhor solução é por um fim legal às praxes académicas.
Não me venham com a treta de "Não se pode tirar liberdades"... porque, na verdade estão a dizer que as pessoas são livres de tratar os outros abaixo de cão. Praxes académicas legisladas? Nem pensar. Acaba-se com isso e inventa-se outra coisa mais adequada ao século XXI e a seres humanos humanos.
(Sim, humanos ao quadrado)

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