sábado, 2 de abril de 2016

Ossos do ofício (II)

Ontem foi 1 de Abril. Para evitar confusões, optei por não escrever por estes lados.
Por estes dias, tenho andado a resolver centenas de exercícios (de Matemática, Estatística e Física) dos vários graus de ensino e a juntar aos meus arquivos.
Alguns têm várias resoluções (correctas) e outros, algumas iterações até chegar à resolução correcta.
Nos últimos, por vezes,por distração escapa-me algo do enunciado, ou, por questões de português, assumo qualquer coisa que não é o que se pretende.
Estes acabaram por se revelar mais didácticos para mim.
Por vezes tenho mesmo de assumir situações irrealistas do ponto de vista físico, mas que satisfazem as condições do problema...
Por exemplo, há tempos, num café, enquanto tomava a minha dose de cafeína para começar a trabalhar, alguém colocou no facebook um problema que envolvia uma viagem a pé e outra de carro onde tudo estava sincronizado e não havia problemas. Neste tipo de problemas ainda é mais habitual assumir que as velocidades são constantes e iguais à velocidade média.
Fiz um pequeno esquema e cheguei à solução 10 minutos.
Não voltei a pensar no assunto e fui trabalhar.
No fim do dia, após mais de 10 horas de trabalho, ao arrumar as coisas, olhei para o esquema e percebi dois disparates (um deles pouco óbvio)... corrigindo-os, a solução quadriplicou...
(Há dias assim)
Noutro dia andava às voltas com um exercício tirado de uma tradução de um livro.
Bem... ao fim de algum tempo desisti, e vim à internet, ao google books ver se havia hipótese de consultar o livro original.
Ok... havia um erro (sério) na tradução do exercício. Erro que impossibilitava a sua resolução (GRRRR!).
Finalmente... há poucas semanas, ao fim do dia, estava a resolver uma ficha de exercícios de 11o ano, do professor José Carlos Pereira, e não percebia porque é que a minha solução não batia com a das soluções (que deviam estar correctas pois a minha versão da ficha já tinha mais de um ano). Acabei por contactá-lo, e percebi o meu estúpido disparate: tinha me enganado num domínio de uma função composta, depois de ter passado uma tarde inteira a dar explicações sobre... domínios de funções, e vamos ignorar que já ando nisto há 20 anos...
(Há mesmo dias assim... pode-se sempre culpar o cansaço, só que nada apaga o sentimento de ridículo, mas ao menos faz-me consegui perceber alguns dos disparates que vemos em testes e exames).
Bom, é Sábado, mas... lá vou eu para mais um dia de trabalho.


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